

Estragos na vinícola J Bouchon
O terremoto derrubou um muro antigo sobre parte dos barris da vinícola Julio Bouchon, afetando cerca de 10% da produção da safra de 2009.
"Isso significa algo como 150 mil litros, menos do que outras vinícolas que perderam 500 mil litros", informou ao iG por telefone Gabriela Iturralde, da vinícola J. Bouchon, criada há mais de 100 anos, que fica na região de Maule onde possui cerca de 350 hectares. O vinho engarrafado não foi afetado. A expectativa da vinícola é que a produção se normalize nos próximos dias.
Produtores de vinho como Miguel A. Torres tiveram 300 barris destruídos, uma cuba de aço inoxidável com capacidade de 100 mil litros quebrada além de milhares de garrafas perdidas. "Felizmente a estrutura principal do edifício resistiu ao terremoto, e a empresa espera em breve a recuperação", disse em comunicado.
Infraestrutura prejudicada
Os danos na infraestrutura de portos e rodovias não foram totalmente quantificados pela indústria de vinhos do Chile. A Casa Patronales, que tem sua adega e plantação numa das regiões mais afetadas, espera apenas a retomada da energia elétrica para voltar à normalidade, disse seu diretor comercial, Alexs Fuentealba, ao iG.
"Temos certeza que em curto prazo as encomendas e o cumprimento das obrigações comerciais retornarão à normalidade sem maiores problemas", diz a Associação de Vinhos do Chile, em nota, lembrando da necessidade de reforçar a imagem internacional do vinho chileno no exterior.
Pouco depois, uma mensagem enviada por e-mail por Constanza Aldea, porta-voz da associação dos produtores, alertava para o novo tremor em Santiago, de 5 graus, ocorrido nesta tarde de quarta-feira. "Não sei quanto vai durar isso, mas estamos otimistas. O que mais podemos fazer?"